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CNT: Sete maiores metrópoles do país restringem transporte de cargas
As sete maiores regiões metropolitanas do país têm oferecido restrições à movimentação de caminhões do segmento de transporte de cargas, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (16) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
O estudo "Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?" avaliou as condições de transporte de carga nas seguintes regiões metropolitanas: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Recife (PE) e Manaus (AM). Estas cidades respondem por 84% da população brasileira, onde circulam 96,7 milhões de veículos automotores.
Segundo o estudo, os problemas enfrentados pelas transportadoras de carga surgiram do processo de urbanização acelerada do Brasil nas últimas décadas, que "trouxe complexidade e desafios" à logística de abastecimento dessas cidades.
Na prática, as restrições ao transporte de carga envolvem o rigor de regras de circulação de caminhões em centros urbanos, problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização. "Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades", relata o estudo.
Para a CNT, "é preciso aprimorar as políticas públicas de trânsito, investir em infraestrutura, sinalização e fiscalização, ampliar vagas de carga e descarga e aumentar a segurança nas cidades, entre outras providências para que o transporte de mercadorias em centros urbanos seja mais rápido, eficiente e de baixo custo".
O estudo ressalta ainda que a eficiência do sistema de logística afeta diretamente o custo final dos produtos. "Ao mesmo tempo em que permite agregar valor à cadeia produtiva, o desempenho logístico condiciona o preço final dos produtos e afeta o nível de serviço oferecido."